terça-feira, 27 de julho de 2010

Ode ao que é


Sê o que é.
Deixa o efêmero aos sentidos e observa-os, de longe, somente quando lhe convier.
Tu não és aquilo que sente. Não és aquilo que pensa.
Eleva-te aos céus e espelha o Sol. Deixa reluzir o âmago em tua morada de carne.
Agora solta o corpo e sente. Sente o instante, a atenção que dá vida ao que está aí.
Renasce em ti mesmo, novos olhos, novas orelhas, novos gestos e nova boca.
Deixa renascer o frescor do que sempre foi, fora do tempo.
No todo, sê a calma imperturbável daquilo que é.
E renova, sempre.

PS: O crédito da grande pintura é de Nicholas Roerich (Pearl of Searching, 1924).

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