domingo, 31 de outubro de 2010

Que venha a aurora



Ao fundo o lamento do velho piano que chora fora do tempo,
Eu aqui sentado, parado, esperando o nada que virá,
Sentindo o amanhecer da noite, que virá.
Todos temos um pouco de breu, do escuro,
Da falta que sobrou daquilo que não foi e nem nunca será.
O que é o tempo ? Estático sabemos que não é,
Então, de uma vez por todas, que venha a aurora,
Pois seu romper já me cansou e desgastou o agora,
Pendurado naquilo que foi, que é e que nunca será.

Nenhum comentário:

Postar um comentário