quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sem cor nem vida


Estavam todos lá, parecendo mortos em vida. O ambiente era tomado por uma grande massa disforme de sons, formada pelas mais variadas vozes que falavam sem parar e ao mesmo tempo. O cheiro da cerveja se confundia às vezes com a fumaça dos vários cigarros e as pessoas pareciam desnorteadas e sem cor.
Algumas se reparavam pelos cantos dos olhos e cochichavam, outras falavam alto e gesticulavam. Um rapaz ao canto, ávido por olhares, tocava com força seu violão e competia com aquela barulheira. Todos empunhavam seus copos e bebiam, bebiam como se aquilo fosse o combustível daquele momento.

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